Há alguns anos, os alimentos funcionais foram descritos como aqueles que poderiam afetar beneficamente uma ou mais funções específicas do corpo, além de oferecer efeitos nutricionais adequados. Quando comparados com os alimentos naturais, os alimentos funcionais apresentam efeitos fisiológicos benéficos ou reduzem o risco para o desenvolvimento de doenças, por conta da adição ou remoção de determinados nutrientes.
Mais recentemente, o termo “superfoods”, em português superalimentos, passou a ser utilizado para descrever aqueles alimentos que possuem benefícios específicos para a saúde. Apesar dessa denominação ser amplamente utilizada, não existe uma definição científica ou médica para o termo em questão, assim, é utilizado sempre que se faz referência a um alimento com grande poder nutricional. Além disso, a literatura mostra um aumento significativo na busca dos superfoods pelos consumidores.
No mercado, os Estados Unidos foi um dos principais países que se destacou com o lançamento de superfoods no âmbito de alimentos e bebidas com 30% do total, seguidos da Austrália e Alemanha, com 10% e 7% respectivamente. Em países emergentes, observa-se um ganho de espaço com liderança chinesa, em que o Brasil juntamente com a Rússia e o México encontram-se entre os cinco principais.
Ademais, os superfoods também são conhecidos por serem escassos em calorias e ricos em nutrientes, sendo classificados principalmente, dentro das cinco principais categorias, que são: os superfoods de plantas, superfoods de frutas e nozes, superfoods do mel e superfoods de ervas.
Superfoods de plantas
Os superfoods de plantas possuem uma grande concentração de nutrientes, sendo de fácil digestão. Estes são compostos por várias substâncias benéficas, que incluem as proteínas, fitoquímicos e bactérias saudáveis que auxiliam na construção de músculos e tecidos mais puros, bem como protegem o sistema digestivo e fornecem uma proteção mais eficaz contra doenças.
Esses superfoods são ricos em clorofila, pigmento que confere a cor verde às plantas, e por sua estrutura molecular ser semelhante às células do sangue humano, seu consumo pode estar associado ao aumento da produção de hemoglobina no sangue, conforme mostra a literatura. Consequência disso, é um maior aporte de oxigênio, importante elemento para o trabalho celular.
Exemplos de superfoods de plantas são o gérmen de trigo, a cevada, as algas, a espirulina, a clorela e os vegetais de folhas verdes!
Superfoods de frutas e nozes
Uma característica importante desses superfoods é o seu potencial antioxidante, que são importantes elementos no combate dos radicais livres presentes no organismo. Alguns destaques desse grupo são goji berries, os grãos de cacau, a maca, o açaí, o coco, o óleo de coco e o noni.
Por exemplo, os grãos crus de cacau possuem, possivelmente, uma das maiores fontes de antioxidantes encontradas nos alimentos, assim como níveis elevados de ferro e, aproximadamente, 21% da dose diária recomendada de ferro. Vale destacar que esse valor nutricional, refere-se ao cacau cru orgânico.
Superfoods do mel
Os benefícios do mel foram descobertos acidentalmente no mundo ocidental por meio de uma pesquisa de apicultores nativos que apresentavam uma média de vida com mais de 100 anos de idade, sendo a base da sua dieta o mel cru. Nesse contexto, os superfoods do mel não englobam apenas ele, mas também a geleia real, o pólen de abelhas e o própolis.
A geléia real contém variados nutrientes necessários para o organismo, além de ser a fonte mais rica de vitamina B5, muito utilizada para combater o estresse, fadiga e insônia. Já o própolis, apresenta uma importante atividade antibiótica, que protege contra bactérias e fortalece o sistema imunológico, enquanto o pólen de abelha é um dos alimentos mais completos da natureza!
Superfoods de algas marinhas
Além do pólen, as algas marinhas também se encaixam dentro das plantas mais nutricionalmente completas, além de serem a fonte mais rica de minerais do reino vegetal.
Nos destaques desse grupo de superfoods estão a Nori, muito utilizada em sushis; a Kelp ou alga marrom, amplamente encontrada nas margens do oceano; a Dulce, uma alga vermelha comercializada inteira ou em flocos; a Arame, uma alga marinha preta, que pode ser adicionada em uma variedade de pratos; a Wakame, uma alga verde comercializada em sua forma fresca ou desidratada; e a Kombu, utilizado como um potencializador de sabor.
Superfoods de ervas
Esse grupo oferece para o organismo uma série de nutrientes, além de serem utilizadas como medicamentos, como equilibradoras corporais, ou seja, exercem função para a cura e regulagem do organismo. Dentre as consideradas cientificamente como superfoods, pode-se citar a urtiga, a aloe vera, a echinacea e o ginseng.
Além desses, existem os novos superfoods que foram recentemente incluídos a essa lista de alimentos. Sendo um bom exemplo o café, o qual é um superfood muito pesquisado e quando consumido na dose correta, pode fornecer benefícios para o organismo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Barsby, Jacqueline P et al. Nutritional properties of selected superfood extracts and their potential health benefits. PeerJ, vol. 9 e12525. 26 Nov. 2021, doi: 10.7717/peerj.12525
Foods Ingredients Brasil. O crescente mercado dos superfoods. Revista-fi, Nº 42 - 2017.
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