A cúrcuma é obtida a partir da Curcuma longa L., uma planta perene tuberosa herbácea, que é membro da família do gengibre e cresce em clima tropical, a qual é uma especiaria muito utilizada na culinária para adicionar sabor e cor a vários pratos, como o arroz, massas, pratos de carnes vegetais e saladas. Medicinalmente, afirma-se que a cúrcuma tem sido amplamente utilizada para tratamentos médicos há mais de 2500 anos, principalmente nos países asiáticos, possuindo muitos benefícios e é utilizada para prevenção e tratamento de várias doenças em ayurveda e na medicina tradicional chinesa.
Em relação ao seu crescimento, composição nutricional e qualidade, vários fatores podem afetá-los como condições geográficas da região onde cresce. Além disso, ao estudar a curcumina, substância ativa da cúrcuma, a literatura mostra que a estrutura química desta substância polifenólica apresenta propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, anti-angiogênicas, propriedades antimutagênicas e antiagregantes plaquetárias. Assim, apresentando um efeito protetor e preventivo contra várias doenças e isso se deve a sua estrutura polifenólica que é capaz de modular efetivamente alvos moleculares com um papel na patogênese de muitas doenças.
Ademais, por conta da sua absorção insuficiente pelo corpo, alta velocidade de metabolismo e alta eliminação do corpo, a curcumina apresenta uma biodisponibilidade limitada no corpo. Logo, essa baixa biodisponibilidade da curcumina limita de forma significativa seus efeitos terapêuticos, assim, um dos métodos para aumentar sua biodisponibilidade é associar a piperina com a curcumina. Ou seja, foi demonstrado que essa combinação aumenta a biodisponibilidade em humanos e ratos, diminuindo a glucuronidação da curcumina. Além disso, o uso de análogos estruturais da curcumina também pode aumentar a sua biodisponibilidade.
Em relação aos metabólitos da curcumina, eles são muitos, os quais incluem a di-hidrocurcumina, tetra-hidrocurcumina (THC), octa-hidrocurcumina (OHC), hexa-hidrocurcumina (HHC), glicuronídeo de curcumina e sulfato de curcumina. Diante disso, após muitas pesquisas a literatura científica mostrou que alguns desses metabólitos apresentam efeitos positivos no organismo, ou seja: o THC apresenta ação antioxidante, anti-inflamatório e anticâncer; o HHC tem efeito anticancerígeno, antioxidante, anti-inflamatório e epistasia de agregação plaquetária; e o OHC tem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes.
Efeitos anti-inflamatórios
A curcumina é descrita na literatura como um agente anti-inflamatório, devido aos seus grupos hidroxila e metoxi!
Acredita-se que a curcumina permite a regulação negativa de interleucinas pró-inflamatórias, citocinas, proteína quimioatraente de monócitos-1, assim, causando down-regulation de Janus quinase e transdutor de sinal e ativador da via de sinalização de transcrição (JAK/STAT), além de regular a resposta inflamatória pela regulação negativa das enzimas de óxido nítrico sintase induzível, ciclooxigenase-2, lipoxigenase e atividade da xantina oxidase; e assim, causando a supressão da ativação de NF-kB.
Dessa forma, a curcumina é considerada eficaz no tratamento coadjuvante de várias doenças inflamatórias, como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas e doença inflamatória intestinal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Kocaadam, Betül, and Nevin Şanlier. Curcumin, an active component of turmeric (Curcuma longa), and its effects on health. Critical reviews in food science and nutrition vol. 57,13 (2017): 2889-2895. doi: 10.1080/10408398.2015.1077195
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