A erva doce, também chamada Pimpinella anisum ou anis, pertence à família Umbelliferae, sendo uma das plantas medicinais mais antigas do mundo. O seu cultivo ocorre principalmente por seus frutos (anis) que são colhidos em agosto e setembro. O anis contém 1,5 a 5% de óleo essencial e é usado como aromatizante, digestivo, carminativo e alívio de espasmos gastrointestinais. A literatura mostra que o consumo de anis em mulheres lactantes pode aumentar a produção de leite e também alivia seus bebês de problemas gastrointestinais. Ademais, a erva doce é muito utilizada na indústria alimentícia como aromatizante e agente aromático para produtos de peixe, sorvetes, doces e gomas.
O anetol, utilizado na indústria farmacêutica, alimentícia, de perfumaria e aromatizantes, é o constituinte mais importante do anis. Além do anetol, o anis é muito conhecido pelo óleo essencial, que lhe confere as características de odor e aroma. Embora o principal componente do óleo de anis seja o trans-anetol (75-90%), outros constituintes incluem cumarinas, lipídios, flavonóides, proteínas e carboidratos.
A erva doce apresenta benefícios potenciais para a saúde, em que suas sementes são frequentemente usadas como analgésico na enxaqueca e também como carminativo, aromático, desinfetante e diurético na medicina tradicional. Outrossim, vários estudos mostram os usos da erva doce como medicamento por seu efeito diurético e laxante, ação expectorante e anti-espasmódica e sua capacidade de aliviar dores gástricas e flatulência.
Além disso, a literatura também traz a erva doce como um composto natural bioativos que representa uma fonte notável de novos antioxidantes e agentes antimicrobianos. Isso se deve a presença de quantidades notáveis de compostos fenólicos no anis. Sendo esses compostos fenólicos doadores de hidrogênio capazes de eliminar diretamente os radicais livres e reduzir o dano oxidativo, o que os torna potentes antioxidantes. Além da atividade antioxidante, os compostos fenólicos atuam como agentes antimicrobianos através de vários mecanismos, incluindo a ruptura das membranas microbianas.
Outro benefício desencadeado pela erva doce é seu potencial potencial para reduzir os sintomas da depressão. Estudos mostram que a erva doce pode ter potencial aplicação terapêutica para o tratamento de transtornos depressivos. Além disso, um estudo mostrou que o óleo de erva doce foi promissor no alívio dos sintomas de depressão leve a moderada em comparação com um grupo controle.
Embora as pesquisas sejam limitadas, a erva doce pode proteger contra úlceras estomacais. Isso se deve a uma potencial atividade antiúlcera através de pelo menos um ou mais mecanismos possíveis, os quais incluem a inibição da secreção gástrica basal, estimulação da secreção de muco, síntese endógena de prostaglandina da mucosa gástrica e atividade antioxidante. Por último, em relação aos seus efeitos analgésicos, um estudo mostrou que o óleo essencial de Pimpinella anisum mostrou efeito analgésico significativo semelhante à morfina e à aspirina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Amer, Ahmed M. and Aly, Usama I. Antioxidant and antibacterial properties of anise (Pimpinella anisum L.). Egyptian Pharmaceutical Journal, 2019, 18:68–73, doi: 10.4103/epj.epj_44_18
Shahamat, Zahra et al. “Evaluation of antidepressant-like effects of aqueous and ethanolic extracts of Pimpinella anisum fruit in mice.” Avicenna journal of phytomedicine vol. 6,3 (2016): 322-8.
Sun, Wenli et. al. Anise (Pimpinella anisum L.), a dominant spice and traditional medicinal herb for both food and medicinal purposes. Cogent Biology(2019), 5: 1673688, doi: 10.1080/23312025.2019.1673688
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