Para que um alimento seja aceitável é necessário que este possua características sensoriais relacionadas à cor, sabor, aroma e textura. Todo esse processo de aceitação envolve cinco sentidos básicos, sendo eles a visão, paladar, olfato, audição e tato, em que todos esses estímulos atingem o cérebro e são interpretados de forma que provocam reações de aceitação ou rejeição.
Nesse sentido, a erva doce, também chamada Pimpinella anisum, possui um sabor distinto de alcaçuz e é frequentemente usado para adicionar sabor a sobremesas e bebidas. Por seu aroma refrescante, a erva doce pode ser utilizada para suavizar o pitta durante o verão, bem como também é conhecido por suas poderosas propriedades promotoras da saúde e por atuar como um remédio natural para uma ampla variedade de doenças. Seus frutos são aromáticos e muito utilizados na culinária e medicina, como forma de grão, pó, xarope, óleo, infusão e licor, por exemplo.
Erva doce e seus benefícios
Os benefícios da erva doce são variados, dentre eles está seu potencial para reduzir os sintomas da depressão! Apesar de serem muito utilizados principais agentes antidepressivos, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, são acompanhados de vários efeitos adversos, principalmente a longo prazo. Por isso, os antidepressivos à base de plantas são cada vez mais estudados e introduzidos para o tratamento da depressão, e isso se deve ao fato de que muitos desses agentes têm uma taxa de eficácia comparável aos medicamentos, mas com menores efeitos colaterais. Com isso, estudos mostram que a erva doce pode ter potencial aplicação terapêutica para o tratamento de transtornos depressivos. Além disso, um estudo mostrou que o óleo de erva doce foi promissor no alívio dos sintomas de depressão leve a moderada em, em comparação com um grupo controle.
Embora as pesquisas sejam limitadas, a erva doce pode proteger contra úlceras estomacais. Isso se deve a uma potencial atividade antiúlcera através de pelo menos um ou mais mecanismos possíveis, os quais incluem a inibição da secreção gástrica basal, estimulação da secreção de muco, síntese endógena de prostaglandina da mucosa gástrica e possível atividade antioxidante. Além desse, um estudo em vitro demonstrou que a semente e o óleo essencial de erva doce foram especialmente eficazes contra certas cepas de fungos, incluindo leveduras e dermatófitos, um tipo de fungo que pode causar doenças de pele, bem como o anetol, ingrediente ativo da semente de anis, que mostrou-se importante para inibir o crescimento bacteriano.
No sistema gastrointestinal, estudos mostram que a erva doce inibiu significativamente, em ratos, o dano da mucosa gástrica induzido por agentes necrotizantes e indometacina. Além disso, uma forte atividade antioxidante, poder redutor, eliminação de radicais DPPH e ânions superóxido, eliminação de peróxido de hidrogênio e atividades quelantes de metais é observada nos extratos das sementes de erva doce. Bem como, em um ensaio clínico duplo-cego, o consumo de 3 cápsulas, com 100mg de extrato de erva-doce, por 4 semanas, levou a uma redução significativa na frequência e intensidade das ondas de calor em mulheres na pós-menopausa.
Por fim, em relação aos seus efeitos analgésicos, um estudo mostrou que o óleo essencial de Pimpinella anisum mostrou efeito analgésico significativo semelhante à morfina e à aspirina. Enquanto outras pesquisas indicam que a semente de erva doce é rica em antioxidantes, o que pode reduzir a inflamação e prevenir danos oxidativos causadores de doenças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Gavilán, Claudio Moreno; Jimenez, Mónica Gavilán. Análise de contaminantes em erva-doce (Pimpinella anisum L.) por meio de microscopia ótica. Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de Asunción.
Shojaii, Asie, and Mehri Abdollahi Fard. “Review of Pharmacological Properties and Chemical Constituents of Pimpinella anisum.” ISRN pharmaceutics vol. 2012 (2012): 510795. doi: 10.5402/2012/510795
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