Como usar a aromaterapia na redução do estresse ocupacional?

O estresse, que é considerado uma reação psicofisiológica complexa necessária à sobrevivência, é descrito como uma condição de quebra do equilíbrio fisiológico e que gera instabilidade no indivíduo. A tensão que ocorre no quadro de estresse agudo prepara o sujeito para encarar algum perigo próximo ou reagir adequadamente a um conflito, o que pode provocar reações, as quais demandam uma mudança no comportamento e, consequentemente, requer uma maior quantidade de energia, seja ela física ou mental, em que esse mecanismo ocorre para acompanhar a transformação do ambiente.

No que se refere ao mundo do trabalho, existem constantes e acentuadas modificações que obrigam o indivíduo a aplicar um maior esforço para se habituar aos novos ambientes e circunstâncias, as quais acabam por se desdobrar em eventos considerados estressores.

Nesse sentido, o estresse ocupacional, se ocorrer de forma crônica, pode interferir no desenvolvimento pessoal,  alterando a produtividade dos indivíduos e propiciando um aumento no risco de acidentes de trabalho. Isso ocorre por conta de uma perda de autonomia e controle, como também os fatores desencadeantes de estresse que são tidos como ameaça para o indivíduo quando esse não consegue conciliar as exigências do trabalho a ser executado. 

Por conta dessa influência exercida do estresse ocupacional sobre os profissionais, muito se estuda sobre as terapias complementares, como a aromaterapia, que auxiliam nesse cuidado da saúde mental dos trabalhadores.

A aromaterapia é utilizada em diferentes áreas da saúde e possui uma excelente margem de segurança, mostrando aceitação, acessibilidade, e efetividade para aqueles que a utilizam, além de poder ser administrada rotineiramente naqueles que não apresentam reações adversas aos aromas. Além disso, na prática da aromaterapia, cada óleo essencial tem sua composição, assim como sua interação com o organismo. Os efeitos dessa terapia complementar são variáveis por conta das diferentes formas de administração que pode ser via inalatória, digestiva ou tópica. 

Diante disso, a efetividade da aromaterapia na redução dos níveis de estresse está associada ao relaxamento proporcionado pela inalação dos princípios ativos presentes nos óleos essenciais, o qual se relaciona à atuação de moléculas químicas volatizadas sobre o sistema nervoso simpático e, concomitantemente, uma estimulação do parassimpático.  Ou seja, os efeitos podem decorrer da sinergia das moléculas em conjunto ou apenas da ação dos principais compostos dos óleos. 

Assim, vale ressaltar que estudos apontam que alguns cheiros possuem uma influência importante na atividade cognitiva e controle do bem-estar mental, emocional e físico, além de um impacto sobre a cognição, atenção, percepção, memória e habilidades motora e de escrita. Ainda nesse aspecto, alguns óleos apresentam um possível efeito de sedação nos padrões de ondas cerebrais que controlam atividades relacionadas aos sinais de sinais e sintomas do estresse, assim como outras apresentam resultados relaxantes e calmantes, o que sugere uma particularidade vantajosa para o manejo do estresse ocupacional. 

Por fim, a aromaterapia pode ser utilizada para a redução do estresse ocupacional, uma vez que, como mostram vários estudos, o uso dos óleos essenciais em ambiente de trabalho mostrou uma redução do estresse ocupacional e redução dos sintomas do esgotamento mental moderado, além de uma melhora da sensação de sobrecarga e aumento da satisfação com a profissão. A vista disso, exemplos desses óleos aromáticos que podem ser utilizados são a lavanda bulgária - presente no Óleo Essencial Blend Relaxe; a tea tree - que pode ser encontrado no Óleo Essencial Tea Tree; e a laranja doce - encontrado no Óleo Essencial Laranja Doce.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

ARAÚJO, P. R.S.; et. al.. Aromatherapy in the reduction of occupational stress and in the care of Burnout Syndrome: A systematic review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e24810817366, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17366. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17366

FIGUEIREDO, C. F. V. de.; ALBUQUERQUE, T. da N.w; GOMES, K. da N.; BELCHIOR, S. M. S. de .; SILVA, O. S. da . Plantas medicinais ajudam a combater a insônia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e14611225108, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25108. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25108>. 

PRANA. Óleos essenciais. Disponível em: <https://www.bebaprana.com.br/aromaterapia/oleo-essenciais/>. 

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