Se você é uma pessoa ansiosa; se constantemente se vê perdido(a) nos seus pensamentos em momentos que precisa de maior foco e concentração; se você está tentando alcançar um objetivo específico ou incluir um novo hábito na sua rotina; ou, ainda, se você simplesmente busca aumentar seu arsenal de maneiras de exercer o autocuidado: por que não dar uma chance para a meditação?
Do ponto de vista de tradições contemplativas, a meditação é tida como uma prática espiritual, uma ferramenta de autoconhecimento. Já a ciência, considera como meditação uma série de métodos e técnicas de treinamento atencional, possibilitando maior controle da própria atividade mental. Não importa qual seja a conotação dada, é unânime que a prática é capaz de trabalhar capacidades importantes para lidar com a ansiedade, aumento da concentração, mudança de hábitos e desenvolvimento de maior autoconsciência.
Outro fato unânime é que existem variados tipos de meditação: atenção plena, monitoramento aberto, transcendental (que conta com a entoação de mantras), corpo - mente (que une respiração, movimento e fortalecimento da consciência), entre outros. Logo, existem diferentes maneiras de meditar, e se você já tentou alguma vez, mas não sentiu conexão com a prática, pode tentar outras vertentes.
Além disso, pequenos exercícios meditativos, como ter maior atenção ao comer, buscando perceber aguçadamente diferentes cheiros, sabores e texturas da refeição, ou ainda, fazer exercícios de respiração consciente, podem ser os primeiros passos para fazer a inclusão de práticas mais consistentes no longo prazo.
Muitas vezes, em nome do alcance de um objetivo, precisamos nos desvencilhar de velhos hábitos e adotar novos comportamentos. A prática regular de meditação pode ser uma aliada nesse sentido: ela atua como um treinamento da mente, possibilitando o desenvolvimento de maior aceitação e tolerância, foco, autorregulação, tomada de decisão mais consciente (o que significa menos atitudes do tipo piloto automático), além da concepção de uma motivação intrínseca e autônoma, essencial para cultivarmos a resiliência necessária ao caminho!
Não importa qual seja o motivo responsável pela tentativa inicial, o ideal é sempre começar aos poucos, com alguns minutos já fazendo muita diferença no dia a dia assim que se começa a prática. Hoje em dia, os exercícios de mindfulness são os mais conhecidos e prevalentes em aplicativos e vídeos disponíveis na internet. As práticas guiadas de atenção plena, com ou sem música, costumam ser as mais utilizadas por quem quer começar a meditar. Mas se não funcionar para você, não esqueça que existem outros tipos, e a própria Yoga é considerada uma vertente de prática meditativa.
A meditação pode ser feita em qualquer horário do dia, não possui efeitos colaterais nem contra indicações. É uma maneira acessível para todos aqueles que buscam mais calmaria e consciência no caos das rotinas atuais. Apesar de demandar esforço, dedicação e muito empenho, os resultados valem a pena! E se pudermos dar mais uma dica: meditar não significa não pensar. É sobre adquirir a capacidade de observar sem julgamentos e controlar os próprios pensamentos. E aí, por que não?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brandmeyer, T., Delorme, A., & Wahbeh, H. (2019). The neuroscience of meditation: classification, phenomenology, correlates, and mechanisms. Progress in Brain Research. doi:10.1016/bs.pbr.2018.10.020
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